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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Viagem junho e julho/2008

Viagem  realizada  de  29  de  junho  à  14  de  julho  de  2008.    Nossa intenção era visitar as cidades históricas de Minas Gerais.  Foram 16 dias, 3.285km rodados.   Saindo de Toledo-PR passando por Cianorte-PR, Cornélio Procópio-PR, Ourinhos-SP, Jaú-SP, SP310, São João da Boa Vista-SP, Águas da Prata-SP, Poços de Caldas-MG, São João del Rei-MG,  Tiradentes-MG, Congonhas-MG, Ouro Preto-MG, Mariana-MG, São Sebastião da Vitória-MG, Nepomuceno-MG, São Carlos-SP, Assis-SP, Londrina-PR, Apucarana-PR, Umuarama-PR.    
Esta viagem foi muito esperada e planejada, pois que estávamos desde janeiro/2008 sem viajar, em função de atividades em nossa faculdade e no meu mestrado.
Na saída, um pouco de neblina, o que dificulta a visibilidade na estrada, e soubemos que há muitos buracos na rodovia. Seguimos pela BR158, paramos para lanchar e descansar um pouco antes de Cianorte-PR. Passamos pela entrada de Maringá, seguimos pela BR369. Antes da 18h chegávamos em Cornélio Procópio-PR, e decidimos pernoitar ali.  No dia seguinte, seguimos pela BR369 até Ourinhos-SP. Muito trânsito, paramos em um posto de combustível para esperar um pouco.  Seguimos pela SP327 (bem ruim em boa parte do trecho), depois SP225 e chegamos perto do meio-dia no Jaú Service (supermercado), compramos comida pronta e almoçamos no mhome. Seguimos pela SP225, e no trecho entre Analândia e Aguaí está bem ruim, muitos buracos, além de não ter nenhum comércio (posto de combustível, mercearia, nada). Apenas plantações de laranja e cana-de-açúcar.
Continuamos na estrada, passamos por 3 pedágios, relativamente baratos se comparados aos paranaenses. Em Águas da Prata-SP, na polícia rodoviária, vimos estacionado o carro do Vigilante Rodoviário (Simca Chambord), um seriado da televisão antigo com o famoso Inspetor Carlos. Claro que fomos  lá fotografar…
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Pelas 17:30h chegamos em Poços de Caldas-MG.  Mas cuidado, às vezes nas segunda-feiras os mineiros não estão muito dispostos a dar informações. Explico: fomos no centro da cidade, procurar por informações turísticas (que disseram que já estava fechado); nos indicaram o Palace Hotel para fornecer as informações que precisávamos; com patente má vontade o recepcionista nos atendeu, disse que iria chamar/perguntar ao gerente, muito tempo depois disseram que não havia camping na cidade, mas que eles poderiam perguntar no estacionamento do Hotel (que é privativo), mais muito tempo depois, e nada, nenhuma resposta.  Decidimos por sair do centro (já que começa a congestionar depois das 18:30h), e estava ficando escuro. Perguntamos a algumas pessoas sobre um posto de combustível para pernoitar, e nada, ninguém sabia informar nada. Por sorte, encontramos um quartel da polícia militar, e pedimos se poderíamos estacionar próximo. Ufa, stacionados. 
Mas depois de toda esta complicação (da segunda-feira), as mesmas pessoas, nos mesmos lugares, nos atenderam muito bem na terça-feira! Então elaboramos uma teoria, ainda não comprovada, de que há mineiros de segunda e mineiros de terça, embora sejam a mesma pessoa.
Passeando na terça-feira pela cidade, prédios antigos, águas termais, fomos informados que há o Garden Park, que é o estacionamento privado do Palace Hotel. O mesmo que não aceitou na segunda-feira!.  Eles aceitam e permitem estacionar o mhome, ligar a luz e ficar nele, pois que o estacionamento funciona 24h (diária de R$ 25,00). É um pouco difícil de estacionar (por ser bem no centro), mas é tranquilo, dá para dormir  bem.
Estacionados com segurança, com energia ligada, fomos passear na cidade, compramos o queijo de minas, figos cristalizados, miniaturas de vidro, visitamos o museu, parque botânico. E um delicioso banho de banheira nas termas. Em Poços de Caldas há várias fontes de água, algumas termais, outras apenas minerais, algumas cuidadas e outras impróprias para consumo. Soubemos que há um teleférico na cidade, mas estava em obras.
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“A história de Poços de Caldas começa pelos idos do século XVII. As águas raras e com poderes de cura   prosperaram a cidade desde os seus primórdios, quando as terras começaram a ser ocupadas por ex-garimpeiros, desiludidos com o declínio da atividade aurífera na região das minas. Elas passaram a se dedicar sobretudo à criação de gado, sendo obrigados a percorrer longas distâncias em busca de pasto para os animais.
Desde 1886, funcionava na cidade uma casa de banho, utilizada para tratamento de doenças cutâneas. Ela se servia da água sulfurosa e termal da Fonte dos Macacos. Em 1889 foi fundado, por Pedro Sanches, outro estabelecimento com o mesmo fim, captando água da Fonte Pedro Botelho, no local onde é o parque infantil Darcy Vargas. Ali, a água sulfurosa subia até os depósitos por pressão natural. O balneário não existe mais. Em seu lugar foram construídas, no final dos anos 20, as Thermas Antônio Carlos, um dos mais belos prédios da cidade. 
Poços de Caldas recebeu seu primeiro visitante ilustre, o Imperador Dom Pedro II, em outubro de 1886. Ele esteve na "freguesia", acompanhado da imperatriz dona Tereza Cristina, para a inauguração do Ramal da Estrada de Ferro Mogiana.
A prosperidade e o luxo tiveram seu grande momento em Poços de Caldas enquanto o jogo esteve liberado no Brasil. Pelos salões do Palace Casino e do Palace Hotel desfilava a nata da aristocracia brasileira e até de outros países. O presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel, com a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país. O quarto ainda hoje preserva os móveis e o estilo da época. Mas uma das maiores atrações do hotel continua sendo sua piscina térmica, construída num suntuoso salão sustentado por colunas de mármore de carrara.
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No outro dia, seguimos viagem para as cidades históricas. Seguimos a rodovia por Machado, Varginha, BR381, paramos num ótimo posto Graal (com réplica das cidades históricas), Lavras (e deste aponto até São João del Rei a estrada está bem ruim), e chegamos a São João Del Rei  pelas 17h.
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Trânsito difícil, ruas estreitas e mhome largo não são uma boa combinação, dificultado pelos carros estacionados em locais irregulares.  Nos informamos e soubemos que o camping fica afastado do centro (dificultando os passeios),  pedimos permissão para estacionar próximo à Polícia Militar, que nos foi gentilmente permitida.
Ficamos dois dias em São João del Rei, fotografamos, passeamos pela cidade (sempre a pé), conhecemos quase todas as igrejas, visitamos fábrica de artesanatos em estanho, museus, casario.  Durante o dia, enquanto o sol estava presente, a temperatura ficava pelos 20ºC, mas à noitinha esfriava um pouco. Almoçamos no restaurante Entre Atos (por kg), ótima e variada refeição.
Um pouco da História de São João del Rei:
“Em 1838 a progressista Vila de São João del-Rei torna-se cidade. Nessa época, possuía cerca de 1.600 casas, distribuídas em 24 ruas e 10 praças. Ainda no século XIX, contava com casa bancária, hospital, biblioteca, teatro, cemitério público construído fora do núcleo urbano, além de serviços de correio e iluminação pública a querosene.
Desenvolveu-se ainda mais, com a inauguração, em 1881 da primeira seção da Estrada de Ferro Oeste-Minas, que liga as cidades da região a outros importantes ramais da Estrada de Ferro Central do Brasil. Em 1893 a instalação da Companhia Industrial São Joanense de Fiação e Tecelagem traz novo impulso à economia local, a tal ponto que a cidade foi novamente indicada para sediar a capital de Minas Gerais.
A formação peculiar da cidade, que evoluiu de arraial minerador para importante pólo comercial da região do Campo das Vertentes, é responsável por sua característica mais interessante: uma mescla de estilos arquitetônicos que tem origem na arte barroca, passa pelo ecletismo e alcança o moderno. Em São João del-Rei, é possível apreciar a evolução urbana de uma vila colonial mineira, cujo núcleo histórico permanece bastante preservado em harmonia com as construções ecléticas do século XIX e as mudanças ocorridas no século XX.”
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Fizemos o passeio de trem até Tiradentes (os aposentados tem 50% de desconto, lembrem de levar comprovante…). O passeio é lindo, são cerca de 20km percorridos em 40 minutos, passando em alguns lugares dentro da cidade, mas a maioria do percurso é de  paisagens rurais.
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O ambiente histórico de Tiradentes é bonito, os prédios, a igreja, a fonte de 1749, o calçamento com pedras irregulares imensas e já gastas, depois de tantos anos.  A cidade vive basicamente do turismo, mas estava mal cuidada; suja; o atendimento (de bares, restaurantes, comércio) não é bom, demonstram estarem fazendo um grande favor em atender o turista.
Em Tiradentes encontramos a Santina e o Alfredo, de Terra Boa-PR, com mhome construido em nossa cidade (Toledo/PR). Estão viajando já a 03 meses por Minas Gerais e São Paulo.
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Uma breve história de Tiradentes:
“ A cidade de Tiradentes originou-se do pequeno arraial da Ponta do Morro, no início do século XVIII. Desde o final do século XVII, o paulista Tomé Portes del-Rei explorava o direito de passagem às margens do Rio das Mortes, num ponto conhecido como Porto Real da Passagem. Em 1702 João de Siqueira Ponte chega à região e, em companhia de Tomé Portes, descobre ouro nos córregos da redondeza. O local, denominado Ponta do Morro, logo se transforma em arraial, com o afluxo crescente de garimpeiros. Pouco depois, passa a se chamar Arraial da Ponta do Morro de Santo Antônio, em louvor ao santo de devoção dos moradores que aí  ergueram uma capela.
No século XIX, os moradores da então já Vila de São José voltam-se para a agricultura e a pecuária, vendendo carne de porco, boi e carneiro para  localidades de Minas e também para o Rio de Janeiro. Em 1831 a participação da mão-de-obra feminina na economia local é expressiva, especialmente no ramo da fiação e tecelagem. Em 1864 a localidade já possui 70 teares, conta com 108 fiadeiras e tecedeiras, além de 44 costureiras, e a produção atinge cerca de 30.000 varas de pano. No entanto, a atividade não chega a alcançar proporções industriais.
Sem grandes alternativas econômicas, São José del-Rei, é elevada à categoria de cidade em 1860. Sua integridade patrimonial e paisagística assegura-lhe um dos perfis coloniais mais autênticos de Minas Gerais e do Brasil.
Em 1889 recebe nova denominação: Tiradentes, em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier. Dessa época em diante, a cidade experimenta certo ritmo de expansão comercial com a implementação do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Oeste-Minas e, mais tarde, do sistema rodoviário.
Hoje, uma das importantes fontes de renda da cidade é o turismo, mantido graças ao grande interesse por seu conjunto arquitetônico colonial, pouco alterado. A cidade foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, resguardando-se não só seu conjunto arquitetônico como também áreas de seu entorno paisagístico, especialmente a imponente Serra de São José com agradáveis cachoeiras e vegetação remanescente da Mata Atlântica.”
Foi um pouco difícil sair da cidade de São João del Rei, as placas estão incorretas ou não existem, as pessoas dão informações confusas ou erradas.  Mas chegamos à estrada novamente.  Seguimos por Lagoa Dourada, para chegarmos em Congonhas.  Em Lagoa Dourada, na estrada, há um restaurante e lanchonete chamado Parada Real, onde se come broa de milho assada em folha de bananeira, uma delícia com cafezinho…
Em Congonhas, não há camping, a cidade é confusa, ladeiras, viadutos baixos, descidas fortes, coisas que não combinam bem com mhome (a geladeira inclina demais e trabalha com dificuldade, os líquidos dentro dela vazam, a caixa d’água inclina e vaza…).   Mas conseguimos chegar no Santuário do Senhor Bom Jesus do Matozinhos (que teve início em 1757, numa colina de nome Alto Maranhão), mais conhecida como a igreja dos profetas de Aleijadinho. Para nosso azar, as estações (denominam  Passos), estavam em reforma, mas fotografamos a igreja.
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Um pouco de Economia e História de Congonhas:
“O arraial de Congonhas do Campo surgiu em 1734 com a descoberta de ouro no leito do rio Maranhão e proximidades. O nome dado ao lugar tem origens nas palavras tupi-guarani "Kõ" e "Gõi" e refere-se a uma erva-mate muito comum na região, significando "o que sustenta e alimenta".
A construção do majestoso Santuário do Senhor Bom Jesus do Matozinhos iniciou em 1757, na colina de nome Alto Maranhão, e deflagrou a ocupação da margem esquerda do rio. A iniciativa partiu do português Feliciano Mendes, devoto do Bom Jesus, que ergueu a igreja em pagamento a uma promessa. Os artistas mais destacados, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manoel da Costa Ataíde, emprestaram sua genialidade às obras. Além da igreja, 12 profetas em pedra sabão e 64 esculturas em tamanho natural, representando os Passos da Paixão de Cristo, foram esculpidas por Aleijadinho e policromadas pelo mestre Ataíde. Em 1985, o conjunto arquitetônico e escultórico do Santuário foi elevado pela Unesco a Monumento Mundial e Patrimônio Histórico da Humanidade.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a exploração do minério de ferro renova a economia local e a população chega a 40.000 habitantes. Grandes empresas mineradoras colocam hoje a cidade entre as maiores arrecadações do Estado de Minas Gerais.”                (http://www.cidadeshistoricas.art.br/congonhas/cgn_his_p.php)
De Congonhas, seguimos pela BR040, em péssimo estado com muito trânsito.  Na BR356 (que vai até Ouro Preto)  várias placas avisam de uma lanchonete à frente: Pastel de Angu do Jeca Tatu. O proprietário realmente se parece muito com o Jeca e o pastel de angu (massa feita com milho), com muito recheio (de carne, frango, queijo, palmito, ou até de camarão!), é muito bom, delicioso. Mas além do pastel, eles tem almoço típico mineiro e  área verde para espichar um pouco as pernas. Lá tem pavão, bodes, pombos, galinhas, …um verdadeiro sítio à beira da estrada.
Foto de Sandra Santos - Parada do Pastel de Angu 


 Parada  Pastel  de  Angu  do  Jeca Tatu (Foto  de S.Santos)





Seguimos pela rodovia e chegamos em Ouro Preto,  paramos onde havia a placa de Informações Turísticas (que conhecemos de longe, em letras azuis); mas justamente para enganar. Era um serviço de guia turismo, que cobram bem caro. A cidade estava lotada, “fervendo”, pois haveria um festival para universitários e montaram um imenso palco em frente ao Museu da Inconfidência, cobrindo sua bela fachada.
Estacionamos próximo ao corpo de bombeiros, procurando segurança, porque logo na chegada ao centro, uma senhora saiu de um restaurante chamando pela polícia; havia sido roubada ali mesmo.  Saímos, com muito cuidado, a caminhar pela cidade, visitamos o Museu da Inconfidência (bem conservado e preservado, com iluminação tênue e muita segurança), a igreja N. Sra. do Carmo. Procuramos uma padaria e nos disseram que era lá em baixo, no fim da ladeira, o pior foi a volta: subir a ladeira…
No dia seguinte,  caminhamos novamente, mas as ladeiras não  permitem ir muito longe, a ida até é suportável, mas a volta, já cansados, desanima um pouco.  Da próxima vez, trazer um carro ou moto para poder circular bastante. Visitamos a feirinha de pedra sabão, as igrejas N. Sra. do Carmo, N. Sra. das Mercês (de cima e de baixo), São Francisco de Assis (que é muito linda e diferente das outras).  Não, não somos aficcionados por visitar igrejas, mas em Ouro Preto e nas demais cidades históricas de Minas Gerais há dezenas delas, e todas retratam bem a história, a economia e o povo da época em que foram construídas.
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A cidade de Ouro Preto nasceu com a descoberta do ouro
“Antes mesmo de 1700, o espírito de aventura e o ímpeto pela riqueza fácil levam à região centenas de aventureiros, em sua maioria portugueses e paulistas (os bandeirantes). Segundo a lenda, ao meter a gamela no Ribeirão Tripuí para matar sua sede, um homem encontra no fundo algumas pedras negras e resolve guardá-las. De volta a Taubaté, em São Paulo, de onde partira sua bandeira, repassa as pedras a outro homem, e estas chegam às mãos do então governador do Rio de Janeiro, Artur de Sá e Menezes. Num gesto despretensioso, o governador leva à boca uma das pedras e, trincando-a com os dentes, identifica o tão cobiçado metal.
A atividade mineradora torna-se naturalmente a mais importante, e a inexistência de trabalho agrícola provoca fome fazendo com que muitos aventureiros abandonem seus achados e retornem às suas terras de origem, retardando a efetiva ocupação do território.  Apesar dos problemas de alimentação, novos aventureiros alcançam o eldorado. Entre 1708 e 1709, paulistas — os primeiros descobridores da região — se revoltam contra os forasteiros, em sua maioria portugueses, baianos e pernambucanos.
Ao longo dos anos, a preocupação com a preservação de Ouro Preto se concretizou através de sucessivas medidas oficiais. Em 1931, o prefeito João Batista Ferreira Velloso proíbe construções que alterem o 'facies' colonial da cidade. Dois anos depois, é decretada Monumento Nacional, sendo inscrita em 1938 no Livro de Tombo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, SPHAN. Em 1944, ano do bicentenário do poeta e inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, a criação do Museu da Inconfidência reforça a relevância histórica e artística de Ouro Preto no cenário nacional. Em 1980, após importantes estudos feitos por uma equipe de especialistas vinculados à Unesco, a cidade é reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Um pouco antes do meio-dia voltamos para o mhome e decidimos visitar Mariana.  Dista 10km de Ouro Preto, é uma cidade pequena e acolhedora.  Visitamos o museu de arte sacra, a igreja São Francisco de Assis, em frente à  N. Sra. do Carmo e a Casa de Câmara e  Cadeia.  Voltando para o centro, a praça, fontes e a igreja Matriz (que foi a 1ª catedral de Minas Gerais).
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Mariana:
“Primeira vila, primeira capital, sede do primeiro bispado e primeira cidade a ser projetada em Minas Gerais. A história de Mariana, que tem como cenário um período de descobertas, religiosidade, projeção artística e busca pelo ouro, é marcada também pelo pioneirismo de uma região que há três séculos guarda riquezas que nos remetem ao tempo do Brasil Colônia.
Além de guardar relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do país, em Mariana nasceram personagens representativos da cultura brasileira. Entre eles estão o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa, o pintor sacro Manuel da Costa Ataíde e Frei Santa Rita Durão, autor do poema “Caramuru”.
Tudo isso faz da “primeira de Minas” um dos municípios mais importantes do Circuito do Ouro e parte integrante da Trilha dos Inconfidentes e do Circuito Estrada Real. Uma cidade tombada em 1945 como Monumento Nacional e repleta de riquezas do período em que começou a ser traçada a história de Minas Gerais.”

Ao final da tarde, voltamos para Ouro Preto, e estacionamos no camping CCB (a uns 4-5km da cidade). Ficamos três dias estacionados, colocando a “casa” em ordem, lavando roupas, descansando, arejando o mhome. No camping haviam mais duas famílias, estava bem tranquilo. Conhecemos o Sr. Luiz e esposa Graça (trailer ao fundo), que foram muito gentis.
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Saímos do camping de Ouro Preto, e fomos para Ouro Branco, passando por uma parte da estrada real.
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Em São Brás do Suiaçuí-MG almoçamos num restaurante bem simples (Soaquitem). Seguindo pela estrada, encontramos um antiquário (mais artesão que antiquário), mas tinha boas peças.   Pelas 15h chegamos em São Sebastião da Vitória-MG, onde comemos o melhor pão de queijo desta viagem. Quentinho, saindo do forno, numa lanchonete na avenida principal (única).  Seguimos nossa viagem, ainda sem saber onde seria nossa parada para pernoitar.
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Pensamos ficar em Lavras-MG, mas as estradas e acessos à cidade estão muito movimentados, decidimos seguir até Nepomuceno.  A cidade é pequena,  simples. Pedimos pernoite em um posto de combustível na rodovia.
No dia seguinte, saímos cedo e seguimos para Alfenas-MG. Fomos aos bancos, acessar internet, supermercado. Seguimos pela estrada de Guaxupé-MG, Mococa-SP. Erramos a estrada e fomos por Tambaú-SP, Porto Ferreira-SP, a estrada é horrível, buracos, desnível, ondulações. Pelas 16h chegamos em São Carlos-SP, e fomos procurar “pouso”, pois o trânsito estava ficando difícil e queríamos visitar alguns pontos turísticos da cidade no dia seguinte.
Foi bastante difícil conseguir lugar para estacionar, as pessoas são desconfiadas de tudo e de todos. Mas encontramos pessoas de bom coração (Iroldi e Vanderval), que nos arrumaram um “cantinho”. Eles nos informaram que o museu do avião e o museu municipal estão em reformas. Decidimos por sair cedo da cidade.
No dia seguinte, abastecemos no posto Castelo (ainda em São Carlos-SP) e seguimos pela SP225, passamos por Jaú, Bauru, Marília, e pelas 15h chegamos em Assis-SP. Na cidade não há muitas placas indicativas, mas em quase todo lugar é proibido estacionar. Cuidado! Ainda bem que, após explicações o guarda não nos multou, apenas pediu que saíssemos imediatamente. Conseguimos um local tranquilo e seguro para estacionarmos. Caminhamos, vimos alguns pontos para visitarmos no dia seguinte.
O que não imaginávamos é que estaria fechado. Talvez por causa das férias escolares, mas museu, casas históricas estavam fechadas, e não havia nem aviso nas portas. Passamos o dia na cidade, visitamos sebo de livros, lojas de peças para carros antigos. Visitamos o supermercado Avenida Max, bem variado, com lanchonete e outros serviços básicos.
No dia seguinte, seguimos nossa viagem, que está quase no fim. Logo depois da fronteira entre São Paulo e Paraná, há uma lanchonete chamada Strassberg. Servem tortas deliciosas, mas se você estiver vestido como viajante (calça jeans e camiseta), pode ser que lhe atendam mal (como fizeram conosco), então prepare-se antes.
Em Londrina-PR fomos (depois de muita dificuldade para estacionar) ao Shopping Catuaí. Almoçamos, acessamos internet, bancos. Seguimos para o sudoeste. Em Arapongas-PR nos indicaram um local para estacionarmos e ficar uns dias, mas é difícil de encontrar local plano, cobram caro, não entendem o que exatamente é mhome.  Seguimos para Apucarana-PR, onde pernoitamos. 
No outro dia, rumamos para o final de nossa viagem. Visitamos um amigo em Umuarama-PR (Paulo Barcelos), e depois fomos para casa. Pelas 17h chegamos em nossa casa “imóvel”.
Esta viagem foi muito linda, apesar da dificuldade de local seguro para estacionar.  Esperamos repetir a viagem, rever estas e conhecer  outras cidades históricas que não visitamos. Minas Gerais é bonito, e tem um jeito particular de ser, receber, atender.
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        Até breve…      

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