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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Viagem Argentina e Chile (parte 6)

Olá! Postamos a sexta parte de nossa viagem, agora com a passagem em Buenos Aires.

No 42º dia, após às 14h saímos de Lujan pela Ruta 7, para chegarmos a Buenos Aires. Como era sábado, o trânsito estava um pouco melhor, sem congestionamentos. Conseguimos chegar tranquilamente até o estacionamento do Buquebus (indicado pelos amigos Vanda e Paulo; Marco e Sandra).

Entramos pela Ruta 7 (denominado Acesso Oeste);  tomamos a autopista Perito Moreno AU6; depois pela autopista 25 de mayo AU1; seguimos pelo Acesso Veículos Grandes para a Av. Ingeniero Huergo; dobramos à direita na Av. Macacha Guemes e, na primeira  à esquerda, na Av. Alicia M. de Justo que muda de nome em seguida para Av. Antártida Argentina.  Ao avistarmos a imensa empresa Buquebus, já se vê o estacionamento ao lado (que é da  Fundación Hospital Argerich).

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É bem amplo, há policiamento constante (polícia naval), fica a umas 10 quadras do centro de Buenos Aires (Casa Rosada, Plaza de Mayo); não disponibilizam luz, mas há uma torneira (canilla) na entrada do estacionamento. O valor é um pouco alto, PA$ 100 por dia (R$ 45,00), mas considerando as facilidades e comodidades ao redor, por poucos dias, vale a pena.  Durante a noite sempre há algum ruído por causa das manobras do barcos da Buquebus ou do SeaCat, mas nada que um chá quente e decorrente cansaço não dêem conta…

Após estacionarmos, fomos na empresa Buquebus para saber de horários e valores da travessia para Colonia del Sacramento (Uruguai), pois alguns colegas comentam uma grande variação de valores.   Soubemos que o Buquebus cobra o espaço para o carro (bodega) por classificação e comprimento. Portanto uma camper pagará um pouco mais que o valor do automóvel, enquanto um motorhome (casa-rodante) poderá  pagará o dobro ou mais.  Aquisição antecipada também tem grande vantagem no preço!

Mas, enfim, o custo da “bodega” para nosso mhome, mais dois passageiros (nós) no Buque Eladia Isabel, saindo às 9:30h da manhã (3 horas de percurso), nos custou US$ 260 (R$ 468,00); porque compramos 3 dias antes do embarque e pagamos em dólar (cotação muito conveniente).  Não se consegue comprar pela internet (por causa da metragem da bodega).

Fomos até o posto de informações turísticas buscar mapas e roteiros da cidade. No caminho  de volta começou uma neblina espessa e, ao chegarmos no mhome, quase não se via os prédios do outro lado da avenida.

A cidade de Buenos Aires possui mais de 3 milhões de habitantes, enquanto que a Grande Buenos Aires (aglomerado de cidades) somam mais de 13 milhões; notável centro cultural, possui grande desenvolvimento comercial e financeiro; arquitetura variada de prédios antigos e coloniais, rebuscadas fachadas estilo francês ou inglês, muitos aranha-céus de concreto e vidro (www.bue.gob.ar) . É uma grande e encantadora cidade.

No outro dia (43º), um domingo (propositadamente para irmos à Feira de San Telmo), fotografamos nossos vizinhos: a Fragata ARA Libertad, muito bonita, tudo nela é grande (cordames, correntes, velas, âncora,…)  .

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Depois caminhamos até a Casa Rosada;  fotografamos por fora das grades e soubemos que durante a tarde estaria aberta para visitação.

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Na Plaza de Mayo fizemos mais umas fotos (Catedral, Cabildo e outros lindos prédios).

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Entramos na Calle Defensa, rua onde acontece a Feira de San Telmo aos domingos (www.feriadesantelmo.com) . No trajeto algumas igrejas, prédios, monumentos.

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Nos primeiros quarteirões da Feira San Telmo ficamos desanimados, pois havia 90% de artesanato, alguns alimentos, objetos paraguaios e raras antiguidades.  Mas umas dez quadras depois, ao chegar na Praça Dorrego, aí sim, só antiguidades, variadas e lindas, mas com preços proporcionais à alta inflação argentina.

Havia um casal dançando tango e uma dupla tocando violão de forma encantadora. Nossos colegas Renato e Graça os fotografou uma semana antes. Compramos um CD pois as músicas eram eruditas e bem interpretadas; algumas assistimos com clara emoção.

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No retorno para o centro (pela mesma Calle Defensa), entramos em algumas galerias de venda de antiguidades, e chegamos ao Mercado de San Telmo, este sim, de “arrepiar”, pela variedade. Vimos então a Feira de San Telmo com outros olhos, realmente a quantidade de antiguidades que se vende ali é grande, mas como todo o resto, com preços bastante elevados (por exemplo, uma antiga máquina infantil de costurar, que compramos na feira no Uruguai por R$ 15,00, aqui, uma bem semelhante não se encontra por menos de R$ 120,00).

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O passeio é fantástico, diferente, mágico, caminha-se muito mas se vê de tudo, encontra-se o que quiser: vidros, metais, ferros de passar, máquinas de costurar, balanças de todo tipo e tamanho, jóias, livros, placas de carro, roupas usadas e novas, móveis, lustres, peças para reposição de tudo, talheres, casacos de pele de qualquer bicho, máquinas de escrever, rádios, relógios, elmos, santos, moedas, selos, brinquedos,... Se pudéssemos, com certeza viríamos no próximo domingo novamente, mesmo que seja apenas para olhar as peças…

Depois de comprarmos algumas lembrancinhas e duas maquininhas de costurar (metálicas), voltamos até a Casa Rosada para fazermos a visita guiada. Os grupos (cerca de 30 pessoas) saem a cada 10 minutos e o circuito dura 50 minutos. Mas para entrar, as pessoas e suas sacolas (câmeras, chaves, carrinhos de bebê, etc) passam por detectores.  Daí pode-se deduzir a inusitada decorrência… 

Ao passar nossa sacola no Raio X, o agente federal fez um alarido, dizendo: “Yo pensé yá ter visto de todo en la tele, mas isto yo nunca he visto, mirem, maquinas de coser chicas !, que cosas vemos acá! ”

Após esta hilariante entrada, fomos à fila de espera (com senha) para a visitação. Percorre-se praticamente toda a Casa, desde os salões de obras de arte até os recintos nobres e o gabinete da Presidente Cristina. Tudo lindamente decorado, vigiado, cuidado.

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O governo argentino, embora atravessando crise, demonstra ao turista um “status” de poder, grandiosidade, controle e domínio da situação,..  E, realmente, observa-se que a educação e a cultura geral de seu povo é elevada. Vimos atendentes de balcão de supermercado falando três idiomas,  guias turísticos com formação em geografia, história, ecologia,… Os próprios feirantes, sempre muito respeitosos, desempenhavam também inglês ou francês, quando necessário.

Ficamos imaginando e comparando com o nosso país, onde muitos guias turísticos, desrespeitosos, não sabem sequer conjugar os verbos em seu próprio idioma. Mas este assunto não é agora pertinente…

Depois de caminhar o dia todo (até o centro, feira e Casa Rosada), voltamos caminhando para o mhome. Na chegada encontramos um mhome alemão também estacionado. Chegou ainda um brasileiro (paulista) mas apenas passaram a noite e seguiram cedo. Vimos ainda uma regata de barcos a vela, muito bonito o colorido…

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Nossas janelas (e local) são privilegiados.  Um dos passatempos é olhar os Buques chegar e partir, veleiros, grandes navios cargueiros ao longe.

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Novo dia (44º) e fomos nós passear de novo. Hoje vimos a grande diferença entre a Buenos Aires de domingo e de segunda-feira: o estacionamento ficou lotado!  A avenida Antártida Argentina (em frente) ficou com suas 6 pistas (03 de cada lado) lotadas de carros…

Caminhamos um pouco pelo bairro Puerto Madero, fomos até a Puente de la Mujer (pedestre), fotografamos a Fragata ARA Presidente Sarmiento que já realizou 37 voltas ao mundo. Neste percurso encontramos um casal de brasileiros de São Leopoldo.

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Depois fomos até a Parada 10 do Onibus Turismo; panorâmico, com fones de ouvido em 8 idiomas; faz 24 paradas estratégicas em um percurso variado, passando por parques, monumentos, prédios, igrejas, centro, “caminito”,… O valor é de PA$ 90 (R$ 41,00) por pessoa,  pode-se subir e descer quantas vezes quiser em 24 horas!. (www.buenosairesbus.com)

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Programamos nossa parada para o Teatro Colón e Obelisco, pois já poderíamos almoçar por ali.

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Entramos no Teatro Colón para saber da visita, mas o valor era de PA$ 110 por pessoa (para estrangeiros).  Desistimos,  fomos procurar nosso almoço. Na Calle Suipacha esquina com Calle Tucumán, na panaderia e restaurante Sui Tu.  Exageradamente, pedimos um prato quente (com batatas cozidas de acompanhamento) e uma salada completa com peito de frango: era muita comida! Para brindarmos, uma Quilmes.

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Estava tudo delicioso!, bom atendimento (garçom gentil e educado), couvert (pão e manteiga), e por apenas PA$ 110 (R$ 50,00)  ou coincidentemente, o valor de só uma entrada para visitar o Teatro Colón …

Depois caminhamos um pouco para ver o centro da cidade, as lojas, os serviços. Em Buenos Aires praticamente não existe mais a siesta, tudo funciona normalmente (diferente das cidades do interior).

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Caminhando ainda pela Rua Suipacha vimos um lindo prédio, com paredes e detalhes em mármore liso e torneado. Nos aproximamos para ver como era lá dentro, e não resistimos: entramos. É a Confiteria Ideal, internamente também está tudo ricamente decorado. Tomamos um café com torta (saborosíssimos).

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Caminhamos mais um pouco até chegarmos a Parada 1 do Onibus Turismo. Percorremos um pouco pelo centro, depois fomos até o bairro La Boca, onde está o estádio e o Caminito, mas não descemos, apenas fotografamos.

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Para finalizarmos o passeio, chegamos novamente ao Puerto Madero, onde descemos para irmos ao mhome (já passava das 17h). Tomamos um bom banho para descansarmos, começamos a organizar as coisas para a travessia do dia seguinte. Lanchamos e fomos descansar. Ainda nos animamos para fotografarmos a lua, estava linda…

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Nosso 45º dia de viagem, saímos do estacionameno as 7:35h e o congestionamento já começava. Entramos no pátio de embarque, estacionamos o mhome e fomos fazer os trâmites (passagens, migração Argentina e Uruguaia). (www.buquebus.com)

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As 9h abriram a entrada no Buque e Dan desceu para fazer as vistorias e entrada do mhome (somente o condutor pode ir na área de veículos). Após olharem  os documentos, chegaram os cachorros: um para alimentos e o segundo para drogas. O único inconveniente foi que sujaram  o tapete com as patas úmidas e ficou um cheirinho ruim. Em poucos minutos Dan já entrava no Buque com mhome.

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O barco é imenso, com 85m de comprimento por 20m de largura, 7 pavimentos, dos quais 4 são para passageiros. A capacidade é para 128 carros e 1260 pessoas, mas haviam apenas 4 carros e umas 150 pessoas. Duas áreas de primeira classe estavam fechadas (falta de passageiros). Há restaurante, lanchonete, cassino, free shop, internet wi-fi (bastante lenta). Tudo muito requintado, bonito, limpíssimo, atendentes gentis. Partiu às 9:31h.

As três horas de travessia passaram rápido, ficamos circulando pelo navio, fizemos palavras cruzadas, tentamos acessar internet, tomamos um(01) café PA$ 12 (R$ 5,40), fotografamos, conversamos com dois casais de Brasília-DF.

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Chegamos no porto de Colônia del Sacramento às 12:34h, muito pontual para uma travessia de 3 horas com um “monstro” deste tamanho.

Apenas nos pararam para saber se haviamos comprado no free shop (pois a entrada no Uruguai foi feita lá em Buenos Aires), e seguimos até o Shopping Colonia para almoçarmos e fazer umas comprinhas no supermercado Ta-tá.  Abastecemos no Ancap, e ficamos pasmos com o preço do diesel: PU$ 36,00 (R$ 3,80) por litro !!

Fomos às informações turísticas pegar uns mapas (não era nossa previsão voltar pelo Uruguai então trouxemos nada). Passeamos um pouco e fomos para a Estância Arenas (Granja Colônia), à 10km da cidade (Ruta 1, sentido Montevideu), onde temos certeza da tranquilidade para passar a noite, e fornecem energia e água.  Há 06 mhomes estrangeiros estacionados (americano, alemães, francês, australiano), seus donos voltaram para casa de avião e eles estão aqui esperando...

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Estacionamos, arrumamos o necessário,  tomamos um bom banho, lanchamos e fomos descansar, afinal, as últimas 5 noites foram com barulho, dormindo “aos pedaços”.

Havíamos programado sairmos cedo para passear em Colonia e depois seguir viagem, mas este 46º dia amanheceu com nuvens grossas, algumas pancadas de chuva.  Ficamos no mhome atualizando blog, fotografias. Quando a meteorologia melhorou, fomos fotografar a granja, há alguns animais interessantes e automóveis antigos para serem recuperados.

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Visitamos o museu do Sr. Emilio Arenas (citado no Guiness Book), com mais de 12 mil lápis, 32 mil chaveiros, 2.500 vidros de perfume, 4.600 cinzeiros, 5 mil latas de cerveja e refrigerante, e algumas peças antigas (ferros de passar, chopeira, máquina registradora, tachos,…). E ainda tivemos a honra de conhecê-lo, pois da outra vez que estivemos aqui, há alguns anos, ele estava viajando para o exterior.

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Depois compramos uns doces deliciosos (incluindo “mermelada de cebolla”, elaborados na própria granja), e fomos passear na parte histórica de Colonia.  Fizemos até doações: um chaveiro da MHomes Santo Inácio e duas latas de cerveja Colônia (de nossa cidade).

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Depois de nosso histórico passeio, fomos no Shoping Colonia acessar internet, fazer umas comprinhas de frutas, e retornamos para a granja Arenas (Colônia).

Amanhã devemos seguir viagem, mas isto fica para a próxima postagem.

Abraços e até  breve!!

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5 comentários:

wolber1 disse...

Belíssimo pais e suas arquitetutas, e como é impressionante a quantidade de antiguidades espalhadas, a quantidade de veículos antigos é impressionante, pena que é quase impossível importá-los. Ótimo roteiro que vcs vem fazendo, e que continuem assim, estão de parabéns. Abraço... Wolber Faria (Goiania-GO)

Carlito e Rosane disse...

Amigos Sandra e Darlou
Tirei o dia de hoje para ler o blog de vocês! Que dia bem aproveitado! Parabéns pelas fotos, comentários, tudo muito bem explicado. Podem ter certeza, que vocês estão colaborando em muito para o conhecimento de todos que querem (e tem coragem) para realizar uma viagem como essa!
Passando por Rio do Sul não se esqueçam de nos visitar.
Abraços e boa viagem.
Carlito, Rosane e Carol.

Gracita disse...

Pena que nos desencontramos por uma semana... bom que gostaram daí. Estamos na estrada, obaaaaaaaaaaaa! beijão

Anônimo disse...

Dan e San,
Continuamos aqui apreciando. Neste intervalo de tempo fomos até Caxias do Sul pela AZUL e voltamos com a SAFARI. Agora é limpar, lavar, revisar e depois sair viajando.
Abraços,
Sérgio e Aparecida
São Lourenço - MG.

Sandra disse...

Olás Sergio e Aparecida.
Que ótima notícia! Muitas viagens, ótimas estradas, felicidades, novos amigos e destinos, reencontros.
Abraços.
San&Dan