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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Viagem pela Europa (parte 6: Suíça)

 

Olá!

Ao entrarmos na Suíça (que não é país membro da União Européia e não adota o Euro), fomos dispensados dos trâmites de aduana porque há um acordo, dispensando os oriundos de países da UE.   Mas necessitamos trocar moedas Euro (€)  por Franco Suíço (CHF); e comprar o ticket de pedágio (válido por 1 ano por  €35 !!).

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Embora caminhemos bastante entre o posto de câmbio o posto de informações e o estacionamento, logo seguimos pela A1.  Ao avistarmos um centro comercial, paramos para tentar acessar internet e ver os preços praticados aqui. A internet wifi é apenas para quem tem tem celular suíço (!), envia SMS e recebe código de acesso, que não é o nosso caso…

O diesel CHF1,90 (€1,65); itens de supermercado  a quase o dobro do valor da Espanha e Portugal (incluindo os queijos); os chocolates sem “griffe” podem ser comprados mais em conta. Precavidos, havíamos feito boa reserva  de despensa na França...

A rodovia é ampla, muitos túneis, a paisagem é “de calendário”, casinhas ao longo dos campos e nas encostas; a limpeza e a educação são modelares.

Em Genebra, trânsito tranquilo, apensar de movimentado (não há buzinassos, freadas, afoitos); com alguma dificuldade encontramos local para estacionar (limite: 15 minutos) e tiramos algumas fotos. Neste meio-tempo, conseguimos um mapa de Genebra e informação de que não há camping próximo.

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Optamos por seguir para Lausanne, pela rodovia que margeia o Lac Lemán. Logo na entrada de Lausanne, chegamos ao Camping de Vidy (N46º31’00” E06º35’51”), que abre das 9 às 12h e das 16 às 19h.  Estacionamos, almoçamos e esperamos…

Lá, o valor é de CHF40,20 (mhome, 2 pessoas, luz, acesso aos banheiros, água potável e descarga); mas há um espaço ao lado, denominado  Euro-rails, administrado pelo próprio camping, onde o valor é de CHF23,10 (mhome, 2 pessoas, luz, acesso aos mesmos banheiros, água potável e descarga)!!; claro que ficamos no Euro-rails

Quando do preenchimento do cadastro, a atendente nos deu cartões para o transporte coletivo (ônibus e metrô), incluídos no preço da diária. Outro detalhe: nos banheiros, água quente sempre e até secador de cabelo.

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Mais tarde, quando acessamos a internet, descobrimos que esta é uma nova forma de estacionar ou pernoitar (uma rede em vários países, com nomes diferentes), mais em conta que o camping e, quando se está apenas de passagem pela cidade, precisa-se apenas dos serviços básicos. Nesta área, se quiser deixar o mhome (sem ficar nele) é CHF10,00/dia e, se quiser apenas desaguar o esgoto custa CHF3,00; .

Estacionamos, ligamos luz e fomos passear, aproveitar nossos cartões de transporte. Pelas informações, o valor que o turista paga de impostos em suas compras ou seviços, cobre o custo do transporte coletivo. Os cartões são válidos durante o período da estadia, sem importar quantas viagens faça. Infelismente, no nosso país paga-se mais imposto (percentual) sem suficiente retorno social, cultural…  E o turismo é um imenso e célere provedor.

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Lausanne possui 136 mil habitantes (sua região metropolitana tem 342 mil), capital da região do Vaud, tem como idioma oficial o francês, mas também fala-se alemão e uma espécie de dialeto (francês com alemão; lembram do catalão?). É ainda a sede do COI (Comitê Olímpico Internacional), há museu, parque, fotos e prédios Olímpicos.

Na quarta-feira, muito frio, névoa mais espessa, mesmo assim, fomos até o porto de Ouchy, tentar fazer um passeio de barco; infelizmente, só aos domingos, mas no verão, acontecem 3 vezes por semana.

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Voltamos para a estação do metro e fomos passear no centro: Catedral (religião evangélica reformada) gótica do séc. XIII, a maior da Suíça, com vitrais que narram a história medieval; possui um imponente órgão com 6 mil tubos. Um item chamou nossa atenção: esta igreja é passagem de peregrinos do Caminho de Santiago, com conchas, instruções de trajeto e carimbo de viajante. Registramos nossa passagem..

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Aproveitamos um belvedere para fotografarmos a cidade. Depois, caminhamos pelas Escadas do Mercado: escadaria coberta, que vai desde a catedral até a Praça de la Palud. No seu entorno, vários prédios do séc. XVI.

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Na Place de la Palud, que possui a fonte mais antiga de Lausanne, com estátua da Justiça; havia feira de produtos alimentícios e algum artesanato. As flores, belíssimas. 

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Fomos até a praça e igreja Saint-François (também evangélica reformada), séc XIII, conta com bonito campanário e um órgão imenso e lindo (com detalhes dourados).

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Na hora do almoço, procuramos por alguma comida rápida e barata (coisa difícil de ser encontrada por aqui), e a opção foi uma lanchonete fast food...

Reabastecidos, caminhamos até o Castelo de Saint Maire, construído no início do séc. XV, atual sede do Conselho do Estado, estilo comum da época ao norte da Itália. Alguns passos adiante, visitamos a Place de la Barre e a fonte antiga com água pré-alpina, que percorre 50km até aqui, que provia toda a região antigamente.

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Mais caminhar, até a Praça de Ripone, com feira, incluindo antiguidades.  Compramos doce e refrigerante e, sentados num banco, ficamos a olhar o movimento.  Diferente de cidades como Curitiba, Porto Alegre e outras que conhecemos, não há aquela multidão andando “à toa” pelas ruas e calçadas; todos demonstram dirigir-se a algum compromisso (trabalho, compras,…)

O transporte público (ônibus ou metrô) é limpo, rápido (a cada 5-7 minutos), eficiente, atende à todas classes sociais. Andamos em horário de “pico” e nunca estava abarrotado ou mal cheiroso.  Não há conferência do cartão (ou não notamos), pressupondo que a honestidade seja inegável.  Assim como presenciamos muitos usuários adquirindo o cartão nas máquinas automáticas, antes de embarcar, e colocando-o no bolso…

Esfriando bastante, às15:30h voltamos para mhome, acabamos o blog e compramos internet para enviar (4h = CHF5,00). Não há como parcelar o tempo ou menor custo e, como precisávamos, compramos.

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No dia seguinte,  após os procedimentos necessários, seguimos viagem, sempre margeando o Lac Lemán, indo para Vevey. Na estrada, paisagem belíssima dos vinhedos nas montanhas, em patamares arrimados em muros de pedra, serpenteando alguns trilhos de mini trenzinho para a colheita. Pena que a neblina esconde as montanhas ao longe…

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Já em Vevey, estacionamos na Place du Marché (praça do Mercado/feira, que acontece 2 vezes na semana). O parquímetro permite 2h, no máxímo, e sempre há alguém, gentilmente orientando.

Almoçamos no mhome e depois fomos caminhar pelo centro histórico, pequeno e bonito, ainda deu tempo para visita rápida ao Museu Histórico (organizado, preservado, com câmeras e alarmes em todos os compartimentos).  Na volta para  mhome, pela Quai (rambla), uma foto com a estátua de Charles Chaplin (que morou em Vevey, assim como outros famosos).

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Saímos do estacionamento pago e procuramos pelo indicado no Office de Turismo, com duração de 10h, perto da Gare. Estacionamos e fomos passear de trem até uma cidadezinha de vinhedos chamada Chexbres.  Trem moderno, silencioso, quase vazio, em poucos minutos faz o trajeto, subindo a montanha, avistando o Lemán e os vinhedos acima e abaixo (CHF17,70 ida e volta, 2 pessoas).

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Em Chexbres, fizemos um trajeto de caminhada. Visitamos a igrejinha e, quando faltavam 30 minutos para a saida do trem, procuramos por um doce. Pertinho da Gare de Chexbres, uma pequena e simpática confeitaria, de onde (quando tempo aberto) tem-se uma linda vista do lago e montanhas. Delicioso doce com massa folhada e recheio de maçã (CHF 7,70).

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Trem de volta, caminhamos até mhome e seguimos para a próxima estada: Gruyères. A vista ao longo da estrada é linda: neve, pinheiros, plantações, riachos.

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Em Gruyéres, fomos à parte antiga para saber das visitas e passeios; depois voltamos cerca de 1km até um local que permitia estacionar mhomes durante a noite. Muito frio, neblina, silêncio…

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Gruyères é uma cidade medieval bem preservada, cercada por muralhas, e cortada por ruas de pedra com vários restaurantes. O Château (castelo), construído em 1270 é encatador, uma apaixonante viagem no tempo e na cultura medieval, com rica coleção histórica. Após períodos de esquecimento, venda e quase demolição, em 1938 o Cantão de Friburgo recomprou o castelo e fundou o atual museu.

Antes da visita ao castelo (CHF 8,50 cada), é oferecida uma apresentação multimídia (luz, som, cores, ruídos), com duração de 20 minutos, emocionante, viaja-se no tempo. As crianças (e nós também) ficam atentos aos belos efeitos especiais.

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Depois fomos percorrer o castelo. Ficamos 2h andando dentro dele, vendo suas belas salas, pinturas, móveis, quartos, espaços escondidos. Um item chamou a atenção: em 1850 um dos moradores (Daniel Bovy), utilizava cadeira de rodas e todos os acessos eram em escada caracol!   Foi então construida (em 1850), uma cadeira de rodas acionada por duas maivelas e engrenagens cônicas nos eixos. E, para acessar aos pavimentos ou pátio, alçapões com sistema de roldanas.  Mobilidade e acessiblidade em 1850!

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Visitamos algumas lojinhas, mas preços (turísticos) impraticáveis. Almoçamos no mhome, e em seguida voltamos ao Office de Turismo para acessar internet wifi (sem custo ou senha).

Visitamos a Maison du Gruyère (fábrica, restaurante e venda de produtos lácteos); mas as visitas já estavam encerradas (custo CHF7,00). Mas vimos a bodega de queijos (até 7 mil “rodas” de queijo), imensos, lindos, e um robô fazendo o processo de virar e mudar de lugar os queijos, continuamente.

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As 15h saímos de Gruyères, pela autopista, ate Fribourg. Estacionamos num parking (máximo 1h), perto do Office de Turismo. A atendente informou que, na cidade, é proibido dormir dentro dos carros (mhomes incluídos), só no camping que fica a 6km. Mas ficamos contentes com duas informações: no sábado (amanhã) acontecerá “feira de pulgas” numa praça do centro antigo, e há um museu de máquina de costurar (que tentaremos agendar visita).

Seguimos para Düdingen (onde fica o camping), mas ao avistar dois mhomes estacionados, lá fomos ver se poderíamos pernoitar.  Permissão conseguida, fomos ao Lidl (supermercado ao lado), comprar algumas poucas guloseimas para fazer um lanche diferente, à moda suíça: queijo Tilsiter, salame magro, pão käsebrötchen, muffins e vinho...

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No sábado voltamos para Fribourg (antes das 8h), para conseguir estacionar no parking permitido para 10h (CHF6,00). Tomamos café, nos agasalhamos e caminhamos pelas ruas da Vielle Ville, atravessamos as pontes de St-Jean e de Milieu (em pedra, lindas).

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Chegamos a Place du Petit St-Jean, no Marché aux Puces (mercado de pulgas), que acontece uma vez por mês. Encontra-se quase tudo, preços bem variáveis. As curiosidades: algumas crianças vendendo seus brinquedos, porque querem comprar “outra coisa”, e um casal com uma placa dizendo “vendo tudo para financiar minhas férias”.   Visitamos ainda a bela ponte coberta e a “Porta Berna”.

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Começamos a subida (literalmente) até o mercado de frutas, verduras, pães e flores (perto da catedral). Feira colorida, movimentada.  Tentamos visitar o Museu da Máquina de Costura (Musée Suisse de la Machine à coudre), mas infelizmente é só com agendamento prévio, via telefone. Quem sabe na próxima…

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Visitamos as igrejas St-Augustin (séc XII); a catedral gótica St-Nicolas (séc XIII); a basilique de Notre-Dame (final séc XII), cujos santos revelam expressão triste e o convento de Cordeliers (séc XIII). 

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Na volta, fomos pela parte alta, até chegar ao funicular, para fotografá-lo com mais precisão. Informamo-nos sobre o ticket: CHF 2,70 para subir/descer no bondinho, com direito a andar de ônibus ou metrô por 1h.

Sr. Roland (condutor do funicular), nos explicou como funcionava o equipamento e ainda nos ofereceu uma descida gratuita, para fotografarmos e mostrarmos ao Brasil como funciona tal simples engenharia (comprovou ser bom fotógrafo)…

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O funicular teve a linha aberta em 1899; funciona com a água do esgoto pluvial (limpinha) da parte alta da cidade; carregando até 3 mil litros de água a cada vez; os dois (sobe e desce) são interligados: um desce cheio de água o outro sobe vazio; a inclinação é de 50%, e é o último funicular da Europa que funciona com este sistema, sem consumo de energia.

Almoçamos no mhome e, em seguida, saímos de Fribourg. Na rodovia após Berna pegamos congestionamento de uns 10km.  Tentamos ir ao camping de Burgdorf, mas foi um stress: ruas com obras ou bloqueadas, sem informação em placas,… Um gentil senhor propôs ir na frente, com o seu carro para indicar o confuso caminho.

Mas na entrada, outro problema: a ponte que dá acesso ao camping, com 2,5m de largura! encolhendo os espelhos até que o mhome passa, mas qualquer sacudidela vai esbarrar nas laterais; e o preço CHF30,00. Solução; meia volta e sair da cidade.

Olhando o guia de campings da Suíça, vimos um em Solothurn, e com alguma dificuldade (o GPS as vezes nos prega peças), chegamos ao camping TCS Lido Solothurn  (N47º11’54” E07º31’25”). Muito bem atendidos pela Sra. Silvia, fizemos cadastro e entramos (CHF34,00/dia/2 pessoas, com internet livre, luz, água, esgoto).

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Aproveitando que os banheiros são aquecidos, com máquina de lavar e secar roupas, compramos fichas e colocamos para lavar (CHF10 p/ 2 funções).

Camping tranquilo, com alguns trailers, poucos mhomes. Esfriando muito (a previsão é de -2ºC), tomamos bom banho, lanchamos e fomos descansar.

No domingo, muito frio, nos “enchemos” de roupa e fomos passear: uns 30 minutos de caminhada até a estação de trens (Banhof). Compramos passagens de trem para Berna, saída pontual às 11:48h. Tickets CHF 67,20 (2 passageiros, ida e volta); uns 45 minutos de viagem tranquila, silenciosa, passando por vilas simpáticas.

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Em Berna, ainda na estação, procuramos pelas informações turísticas, soubemos de outro camping mais perto: TCS Eymatt (N46º57’50” E07º23’2”).  Almoçamos fast-food, e caminhamos pelo trajeto da cidade antiga: Torre da Prisão; Torre do Relógio (1530); Igreja Francesa (fechada), Kornhaus (espécie de mercado público com restaurantes); Rua dos Ursos (com fontes e estátuas coloridas); Kindlifresser (ogro comedor de crianças); igreja São Pedro e São Paulo (fechada); Prefeitura; Igreja de Nudegg (fechada); Parque dos ursos, com 03 animais passeando; Erlacherhof; Praça e Catedral Münster, esta em estilo gótico, séc XV, infelizmente não permitem fotografar dentro.

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Depois seguimos o passeio áté o Cassino, onde flagramos menininha tomando água na fonte. O Palácio Federal e a Bubdesplatz (onde algumas crianças brincavam nos jatos intermitentes de água que saiam do piso). Em seguida, saboreamos um cafezinho com croissant (CHF10,60) e fomos à estação tomar o trem de volta.

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Organizamos mhome, tomamos bom banho, lavamos camisetas. Depois um jantar especial à bordo, com Farfalle (“pasta italiana”), molho “strogonoff” com temperos franceses, queijo suíço e cerveja holandesa. 

Para identificar um pouco o frio (noite a 3º negativos): a cerveja gelada tiramos do armário (na geladeira fica mais quente…); o azeite de oliva só retirando pedaços, não é mais líquido; quando desligamos aquecimento interno do mhome, em poucos minutos fica tudo gelado, com sensação de úmido.  Duas meias são poucas para aquecer os pés… Saudades de nosso verão e das “cachacinhas” brasileiras…

Amanhã seguiremos viagem, em breve postaremos notícias.

Abraços

San&Dan

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Um comentário:

Sergio Moritz disse...

Ola.
A Suiça tem lugares maravilhosos, porem tudo o custo é alto. Passei 3 meses estudando ai, sendo 45 dias em Winthertur e 45 em Rüti. Estive em vários pontos turisticos, picos e alpes. Bons passeios e curtam muito. Abraços.