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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Viagem nov-dez/2014 (parte 4)

 

Olá!

Saímos de Azul (Ar) seguindo pela  Ruta 76 (alguns buracos e sem pintura nem acostamento), lembrando que não há “estación de servicio” (posto de abastecimento), nem qualquer outro tipo de “’socorro'”.  Ao lado da rodovia, em lagoas e charcos, vimos marrecos selvagens, garças, curucacas, falcões, caranchos, até raros flamingos.

Após 260km chegamos à Sierra de la Ventana, pequena cidade que vive do turismo serrano (montanhas, trilhas, rios).  Fizemos algumas lindas fotos da paisagem.

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Seguimos para o Sul pela Ruta 33, até Bahia Blanca, que optamos por não entrar (grande, intenso movimento de caminhões por causa do porto). Abastecemos no YPF, tentamos obter informações mas sem êxito, continuamos pela Ruta 3.  Chegamos na pequena Pedro Luro após as 17h e estacionamos no posto Shell (grande e novo). Instalações modernas com duchas, tomamos bom banho e pernoitamos ali mesmo (seguro e tranquilo).

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A mudança de paisagem, agora desértica, já se fez notar: poeira, MUITO vento em rajadas (sacode e desalinha o mhome), umidade baixíssima (comum leve hemorragia nasal), sem árvores ou plantações, raríssimos pássaros, eventualmente um veículo…  Para “render” o percurso na estrada, vamos conversando, onde frutificam ou alteram-se definições, por exemplo: RETA, que era a menor distância entre dois pontos, passa  a ser “Estrada da Patagônia” e, INFINITO é o fim desta longa reta…

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Mais 150km, passamos por Carmem de Patagones, depois Viedma e fomos direto para a reserva Faunística La Loberia.  Após “vibrarmos”  numa estrada de rípio com costeletas tenebrosas (Parkinsonianas), chegamos à entrada do parque. Lá, uma placa com a afirmação: “Abierto todos los dias de enero y febrero”. Entristecidos pela grande expectativa e dificuldade, frustrados por não poder visualizar o grande reduto de lobos marinhos, optamos por estacionar ali e fazer um cafézinho. Uns 20 minutos depois, surgiu do nada uma funcionária e abriu o portão!  Informou que o cartaz estava incorreto.  Bendito seja o cafezinho, pois não fossemos fazê-lo, teríamos retornado. 

Entramos no parque, assistimos ao vídeo explicativos e visitamos o pequeno museu com espécies empalhadas. Mas o ápice (fantástico) foi a avistagem dos lobos marinhos: numa primeira mirada parecem pedras com tons de marrom, mas com o auxílio dos binóculos fornecidos, observa-se perfeitamente estes belos e curiosos animais.

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A reserva “La Lobería”  foi criada em 1971 com a intenção de proteger uma das maiores colônias de Lobos Marinhos. A quantidade ali, varia de 2 mil a 8 mil indivíduos, conforme a época do ano! Também foram registradas presença de elefantes marinhos, orcas (que caçam os lobos marinhos), baleias franca; gaivotas, flamingos, garças, patos, e em número muito superior, os Loros Barranqueros (papagaios) com mais de 30 mil ninhos.

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Após a visita, retornamos pela orla, fotografando as falésias ao longo do mar, que lembra a costa sul da Inglaterra.  Almoçamos “a bordo”, estacionados na costanera do Balneário El Condor.  Todo o comércio fechado pois a temporada ainda não iniciou.

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Voltamos para Viedma, fomos na Oficina de Turismo, passeamos pela cidade (praça, Igreja, antigo colégio San Francisco de Sales).  A avenida da orla é bem cuidada, com espaços para lazer, caminhada, banho de rio (que sobe rapidamente conforme a maré). Infelizmente, as informações fornecidas estavam incorretas: a  atendente do Turismo disse que poderíamos estacionar na costanera para pernoitar, porem após passear e voltarmos para outras informações, o segundo atendente afirmou que é proibido estacionar, sujeito a multa. E disse que poderíamos pernoitar no ACA/YPF que é o único habilitado para pernoite. Rodamos muito até chegarmos no ACA/YPF, abastecemos e questionamos sobre o pernoite, que foi taxativamente negado!  (ACA=Automóvel Clube Argentino)

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Como escurece tarde, decidimos por seguir pela Ruta 3 (sentido Sul), na esperança de encontrar algum local para pernoite e, depois de 180km  conseguimos um posto Shell, na entrada de San Antonio Oeste. Apesar da poeira e ruído constante de veículos, pernoitamos ali, tranquilamente.

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Pela manhã, fomos à cidade fazer câmbio de moeda (reais ou dólares por pesos argentinos), porém somente permitido em bancos oficiais, de difícil e demorado acesso, com taxas inconvenientes.  Encontramos dificuldade em trocar reais por pesos e, os dólares são aceitos apenas no comércio  ao adquirir produtos, preferencialmente nas capitais. Obtivemos uma cotação mais favorável ao adquirir pesos argentinos, quando no Uruguay.

Voltamos para a estrada e, após rodarmos 290km, chegamos em Puerto Madryn. Almoçamos num YPF grande e novo (na entrada), depois fomos para a cidade (oficina de turismo) e para o Camping da ACA (PA 250/dia), perto do mar. Apesar do preço elevado, optamos por ficar, pela comodidade, lavar algumas roupas, colocar água no mhome, dormir sem pressa de acordar.  Ali encontramos alguns mhomes estrangeiros: holandeses, alemães, brasileiros,... Poeira e muito vento, como os dias anteriores.

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Mas “dormir sem pressa em acordar” não funcionou, pois um “cidadão” estacionou na avenida frontal (costaneira) e ligou o “sonzão” às 5 da madrugada!  Certamente com o desejo de acordar a cidade…  Após às 7;30 ele resolveu ir para casa, dormir.  E nós, irritados e com dor de cabeça,  “levantamos âncora”, fomos para o centro fazer câmbio de moeda, supermercado, passeios,…  Após o meio dia decidimos seguir viagem. 

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Rodamos até Trelew, passeamos pela cidade, fomos na Oficina de Turismo e, sem ter indicação de camping, retornamos para o amplo YPF na entrada da cidade (com duchas, espaço para pernoite, segurança armada,…).

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Domingo de manhã, frio de 6ºC, dia de passear: visitamos Rawson (região de características inglesas), cuja oficina de turismo fecha aos domingos (!), fotografamos a ponte de “ferro” (inglesa, década de 1920), igreja Maria Auxiliadora (1886),… o passeio peatonal está fechado com grades (é domingo!). Apreciamos o bonito mural relatando a história da cidade.

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Fomos na Playa Union conhecer o balneário, água coloração esmeralda. Algumas “toninas” (botos)  brincando no mar. Lanchamos perto do molhe e retornamos para Trelew…

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Em Trelew almoço de domingo (a bordo), estacionados na praça: filé de merluza com purê de batatas, salada, refrigerante e sobremesa. Um bom lugar e momento para analisar o percurso executado e o seguinte. 

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Embora nossa intenção, nesta viagem, era de percorrer a Patagônia até seu extremo sul, lembramos que a inflexibilidade nunca foi nosso lema.  Percorremos até aqui, mais de 4.700km em 33 dias, nesta viagem maravilhosa, repleta de interesses (históricos, novas amizades, visuais indescritíveis, imenso aprendizado,…). 

Então, reavaliamos nossas metas e optamos por atravessar a imensa patagônia no sentido leste/oeste (Ruta 25), desde o Atlântico até os Andes, região inóspita de Chubut, porém em dois dias veremos as fantásticas paisagens verdejantes dos frios vales da pré cordilheira.  Ajustamos o “leme” para o sol poente e iniciamos a nova jornada.    

Até breve!

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2 comentários:

Mauro & Silvana disse...

Bonita viagem, lindas fotos. Aproveitem bastante.

Mauro e Silvana

Mauro & Silvana disse...

Bonita viagem, lindas fotos. Aproveitem bastante.

Mauro e Silvana