(Obs.: clique nas imagens para aumentá-las)
Olá!
Chegamos em Dijon às 17h, num parking (vagas pequenas e menor preço) dentro de um camping (vagas grandes, maior valor) podendo-se utilizar internet, sanitários, energia e água/deságues. Após boa ducha e jantar, fomos descansar.
Dijon é conhecida mundialmente por sua mostarda, de boa qualidade e sabor autêntico. Existem várias “Mostardarias” pela cidade, com degustação e venda de variantes e tamanhos. Está inscrita, desde 2015, como Patrimônio Mundial na Unesco, pelo Clima de Vinhas da Bourgogne.
É ocupada desde o neolítico, devido a suas muralhas, construídas no séc. III, tendo sido atacada por bárbaros e sarracenos. Em 1137 foi completamente destruída por um incêndio. A partir do séc. IX tornou-se capital do Ducado da Borgonha, e em 1477 a região foi anexada à França.
Novo dia, com pouco de chuvisco, fomos passear no centro, com ônibus que passa em frente ao camping. Em poucos minutos, chegávamos a Place Darcy (primeiro jardim público da cidade, criado em 1880); em frente o Arco de Guillaume (séc. XVIII), que fazia parte da antiga muralha da cidade.
Seguimos para a catedral St-Bénigne (séc. XVII, com vestígios de construção séc. X). Possui características góticas, telhado policromado, um campanário com 93m de altura. No subsolo fica a cripta, onde estão os vestígios da primeira igreja ali construída (visita paga).
Nos arredores, a antiga igreja St-Philibert (atual museu) e a St-Jean (atual Teatro Dijon). Muitas edificações imponentes, enxaimel e alvenaria renascentista. Lindos prédios em todos visuais.
Uma parada para “chocolate quente” na Patisserie Paul e dali, fomos ao Mercado (frutas, peixes, queijos, embutidos, comidas prontas…).
Mais algumas quadras e chegamos à Notre-Dame (séc. XIII), com fachada repleta de estreitas colunas e falsas gárgulas (séc. XIX). Na torre há o relógio com quatro bonecos: o Jacquemart (desde 1383), a Jacqueline (de 1651, construída para fazer companhia ao primeiro) e, como faziam “piadas” a respeito da virilidade do Jacquemart, criaram o Jacquelinet (em 1714) e em 1884 adicionaram a pequena Jacquelinette… histórias da cidade.
Próximo dali, o Hôtel de Vogüé (séc. XVII), com lindas portas e telhado colorido; um pouco mais à frente, o Palais des Ducs (1366) e a grande Place de Liberation (1685). Nos arredores ainda visitamos o teatro novo (séc. XIX) e do Palais de Justice (séc.XVI).
Mais afastada, a igreja St-Michel (séc. XV, construída sobre restos da anterior do séc. X), muito bonita, ampla, iluminada.
Retornamos para o centro, com parada no Office de Tourisme, e depois almoço na Patisserie Paul, com deliciosa torta de morangos para sobremesa. Caminhando pela cidade fotografamos alguns edifícios característicos: a Maison de Cariatides (séc. XVI), Palacete Aubriot (séc. XIII), Casa Maillard (séc. XVI) e o imponente edifício de La Poste. Como a chuva engrossou, resolvemos retornar para mhome.
Pela manhã, seguimos para a estrada, com parada em Seurre para fotos da igreja (fechada) e almoço. Nova parada em Bourg-en-Bresse para compras no Decathlon e um bom café.
As 17h chegamos em Peróuges (medieval), que pretendíamos pernoitar, mas nos decepcionamos, pois a cidade “fecha” após as 17h, não há comércio aberto (padaria, restaurante,…). Os prédios mal cuidados e o parking isolado e vazio. Fizemos algumas fotos e saímos frustrados.
Mais tarde chegamos a Lyon, no Camping Indigo. Estacionados, boa ducha… Novo dia e a chuva chegou forte, não conseguimos passear. Aproveitamos para lavar/secar as roupas na máquina e organizar motorhome. À tardinha, com melhora do tempo, fomos ao centro comercial. Diferente do Indigo Strassbourg, este de Lyon não está tão bem cuidado, nem o atendimento é tão gentil.
Domingo, mais chuva, decidimos seguir para a estrada, Lyon fica para a próxima vez. As decisões são importantes, precisam ser muito bem analisadas e calculadas, para que seja a ação certa e no momento apropriado…
Seguimos pela rodovia pedagiada, pois, com chuva, é mais seguro e tranquilo. Pelas 16h, chegamos em Clermont-Ferrand, parking ótimo, com tram passando em frente. Mas, sendo domingo, não havia atendente e o sistema eletrônico de cancela não funcionou. Seguimos para a estrada procurar outro local.
Paramos numa área de serviço da AutoPista, com parking, posto, restaurante. Para compensar, fomos jantar no Flunch: bife bovino e filé de peixe, com legumes e saladas à vontade. Sistema curioso e comida muito saborosa.
Como já dissemos anteriormente, posto de combustível não é boa opção para pernoite de motorhome, pois há muito ruído (e várias opções nas cidades). Mas era o que tínhamos para o momento e condições (chuva, horário, cansaço).
Pela manhã, seguimos para a simpática Sadroc, uma pequena cidade, com parking gratuito (06 vagas, com energia e água).
Feriado (08/maio), dia em que os aliados libertaram a França na 2ª Guerra. Fazem missas e eventos, colocam flores nos monumentos relativos à guerra. Em Sadroc reuniram-se em frente a escola e prefeitura, participamos das homenagens, as crianças cantaram o hino (Marselhesa). Pela metade do evento a forte emoção fez a maioria das pessoas chorar (nós idem). Um dia feliz e triste ao mesmo tempo, pelo aniversário do término da guerra e por lembrar de tantos que morreram (incluindo brasileiros) de forma brutal e estúpida.
À tarde, aproveitamos o sol para uma pequena faxina. Caminhamos pela cidade, fotos de casas e da igreja St-Peter (séc. XV).
No final da tarde, chegou um motorhome espanhol! dois casais de espanhóis alugaram em Barcelona também. Breve bate-papo pois estavam cansados: rodaram direto desde Barcelona até Sadroc!.
Pela manhã, fizemos os deságues e fomos para Donzenac, pequena cidade medieval. Estacionamos num parking e caminhamos pela antiga cidade: muralha, igreja, chatêaus, praça do mercado, ruelas. Bastante simpática.
Nesta cidade há importante fabricação de telhas de ardósia, um processo artesanal e antigo. Tem visitas guiadas ao sítio de produção, mas apenas nos finais de semana. www.lespansdetravassac.com
Seguimos para a estrada, o que fica para a próxima postagem. Até breve!
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